domingo, 6 de janeiro de 2019

Soneto ao Amor


Soneto ao Amor

Oh! sentimento que machuca a gente,
Que mói o peito, de onde vens? Por quê?!
Teus feitos e desfeitos são de quê,
Que nos trilham no peito a dor vivente?

Mais uma vez assim, tu me destróis,
Pois massageias de forma impiedosa,
Causando forte dor — não dolorosa,
Que não sentimos, mas que sempre dói.

Oh! sentimento que vem sem pedir,
E invade a vida com tanta beleza,
Que convida a amar sem querer ferir,

Quão grande e atrevida é tua destreza,
Que tanto esfola o meu ego, o meu ser,
Teus desatinos nunca hei de entender.





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